A CASA DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO DE LISBOA, em colaboração com os Municípios de Lisboa, Mogadouro e Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, acordaram evocar a figura ilustre do Transmontano de Mogadouro, Trindade Coelho, porque a todos uniu pela sua acção na vida e na morte dado o seu talento de escritor.
Para o efeito, foi escolhida a tradicional Festa do Folar Trasmontano, no dia 5 de Abril, realizada na Praça da Figueira, uma das praças mais nobres da capital.
A parte cultural teve uma participação invulgar em festas do género: ranchos folclóricos de Mogadouro, Pauliteiros de Miranda, rancho folclórico de Borbela (Vila Real), e rancho folclórico de Vimioso. O conjunto MARANUS encerrou a festa, com as suas alegres músicas, muitas delas de cariz regional.
A vedeta da Festa foram “Os Pardais”. Desfilaram da Câmara Municipal de Lisboa, subindo a Rua Augusta até à Praça da Figueira. Pelo caminho, ao som instrumental dos aprumados executantes juntava-se o estalar das palmas dos numerosos turistas que saboreavam os ligeiros petiscos ou as lagostas e sapateiras nas esplanadas e marisqueira de um outro transmontano de Valpaços. Já em palco, deliciaram a multidão que os rodeava num enquadramento cheio de beleza, com o Castelo de S. Jorge diante deles.
Entretanto, também os pombos que habitualmente se passeiam pelo Rossio se associaram à festa. À medida que os músicos (Pardais) tocavam ali ao lado, eles levantavam voo e sobrevoavam em direcção ao Castelo de S. Jorge, dando graciosidade à festa transmontana.
De Chaves e de Valpaços vieram também os folares e os pasteis que se vieram juntar a produtos de outras regiões transmontanas e de transmontanos residentes e industriais do ramo,na Capital.
Aos Municípios que colaboraram com a Direcção da CTMAD, presidida pelo Flaviense Professor Doutor Jorge Valadares, testemunhamos a gratidão dos milhares de transmontanos que ali se sentiram orgulhosos das suas raízes. Os numerosos turistas estrangeiros deliraram com o que viram de forma inesperada. Foi mais um pedaço de cultura das gentes serranas que juntaram à de Lisboa e que, com ela, vão partir mais ricos de Portugal.